Pinturas Rupestres de 40.000 Anos Revelam Conhecimento Avançado de Astronomia pelos Humanos Antigos

Descobertas recentes sugerem que pinturas rupestres datadas de até 40.000 anos revelam um conhecimento surpreendentemente avançado de astronomia por parte dos humanos antigos. Pesquisadores das Universidades de Edimburgo e Kent analisaram pinturas em cavernas na Turquia, Espanha, França e Alemanha, concluindo que essas imagens, anteriormente interpretadas como simples representações de animais, na verdade representam constelações no céu noturno.

Conhecimento Astronômico Avançado

Essas descobertas indicam que os antigos artistas usavam símbolos de animais para representar estrelas e registrar eventos astronômicos importantes, como impactos de cometas. Por exemplo, pinturas nas cavernas de Lascaux, na França, e esculturas em Göbekli Tepe, na Turquia, foram reinterpretadas para mostrar sua conexão com constelações específicas e eventos astronômicos. Isso demonstra que esses povos compreendiam a precessão dos equinócios, um fenômeno onde o eixo de rotação da Terra muda lentamente ao longo de um ciclo de cerca de 25.920 anos​ (EarthSky)​​ (ScienceDaily)​.

Mudança nos Livros de Historia

Essa descoberta desafia a visão tradicional de que o conhecimento da precessão dos equinócios era exclusivo dos gregos antigos. A análise detalhada das pinturas e esculturas, comparadas com a posição das estrelas usando software moderno de simulação astronômica, revela que os humanos pré-históricos possuíam um entendimento muito sofisticado do céu noturno​ (Universe Today)​​ (Phys.org)​.

Exemplos Notáveis

Cavernas de Lascaux, França: As pinturas mostram representações detalhadas de constelações e podem estar registrando um evento de impacto de cometa ocorrido há aproximadamente 15.200 anos.

Göbekli Tepe, Turquia: As esculturas e relevos sugerem um conhecimento profundo das estrelas, com evidências de que esse local serviu como um memorial para um impacto de cometa por volta de 11.000 a.C., que pode ter desencadeado a Pequena Idade do Gelo, conhecida como período Younger Dryas​ (EarthSky)​​ (Nexus Newsfeed)​.

Impacto na Navegação e Migração

A sofisticação do conhecimento astronômico desses povos antigos possivelmente teve aplicações práticas significativas, como a navegação. Isso implica que eles poderiam usar as estrelas para navegar em grandes distâncias, facilitando a migração e exploração de novas terras. A compreensão avançada do céu noturno teria sido crucial para a sobrevivência e desenvolvimento dessas civilizações.

Conclusão

Essas descobertas revolucionam nossa compreensão das populações pré-históricas, mostrando que, intelectualmente, nossos ancestrais eram muito mais avançados do que se imaginava. A reinterpretação das pinturas rupestres como mapas estelares demonstra que eles possuíam um profundo conhecimento astronômico, comparável ao nosso, e que utilizaram esse conhecimento de maneira prática e significativa.